O Terreiro da Sé

Um espectáculo grandioso se oferecia naquele momento à vista no pequeno largo, ou praceta, que fecham de um lado o frontispício da antiga Sé, à sua esquerda os paços do bispo, defronte da catedral as pequenas casas ocupadas então, assim como hoje, por vários membros do seu clero, e à direita o elevado terraço de onde descem as escadarias que levam a S. Sebastião e a todo o segundo socalco, para assim dizer, da antiga e empinada cidade, cujas ruas e casas direi que se precipitaram desde o alto do pináculo da Sé até onde hoje é a Porta Nobre e ultimas abas do monte ao pé do rio.

Almeida Garrett (Ecce Sacerdos Magnus)

Percurso de sábado, 25 de Outubro

A rua D. Hugo é um arruamento medieval, fronteiro à Catedral, cujo percurso corria paralelo à desaparecida muralha primitiva. Nela descobrimos casas nobres e palacetes, onde residiam cónegos da diocese e abastados fidalgos.

O Morro da Pena Ventosa

Percurso:
Terreiro da Sé, o berço da cidade.
O Beco dos Redemoínhos e o Sítio Arqueológico.
A rua de D. Hugo e os antigos palacetes dos cónegos.
A Sé Catedral, centro da diocese portucalense.

Ponto de encontro:
Terreiro da Sé
Sábado, 25 de Outubro, 10h30 ou 15h.

Inscrições:
968201344 ou dbbafonso@gmail.com

A rua do Cristelo

A rua do Cristelo deve o seu nome a uma pequena povoação fortificada, de origem castreja e sobranceira ao Douro, que controlava os movimentos das embarcações no rio.
Nela encontra-se um cruzeiro em pedra com uma imagem pictórica de um Cristo: o Senhor dos Aflitos.

O Cais das Pedras

O Cais das Pedras recorda o velho cais de Massarelos onde as embarcações acostavam.

"... e no sitio que o avô do embargante edificou a Fabrica da Louça corria hum regato aonde lavavão as lavadeiras e gente de Massarelos e havião pedras para amarração de navios existindo no terreno a uzo publico."

(ADP-Colegiada de S. Martinho de Cedofeita, 1807)

Percurso de sábado, 27 de Setembro

O Museu do Vinho do Porto, inaugurado em 2003, é um espaço que destaca a importância do vinho do Porto, no desenvolvimento da própria cidade.
Este museu é o núcleo comercial do Museu da Cidade, projecto que ainda aguarda a sua definição.

De Monchique a Massarelos

Percurso:
O Museu do Vinho do Porto, antigo armazém da Companhia.
Massarelos, terra de mareantes e das primeiras fábricas.
O Cais das Pedras e a Praia dos Insurrectos.
A igreja da Confraria das Almas e do Corpo Santo.

Ponto de encontro:
Museu do Vinho do Porto.
Sábado, 27 de Setembro, 10h30 ou 15h.

Inscrições:
968201344 ou dbbafonso@gmail.com

Homenagem a Marques Loureiro

Lutando durante mais de quarenta anos, conseguiu finalmente Marques Loureiro despertar no público o amor pela horticultura e, por assim dizer, implantar entre nós uma indústria nova, porque antes dele a horticultura quase não existia em Portugal, apesar da amenidade do nosso clima, incomparavelmente superior ao da Bélgica, da Holanda ou da Inglaterra, onde a horicultura fazia maravilhas...

Duarte Oliveira, Jornal de Horticultura Prática

Percurso de sábado, 26 de Julho

O Jardim das Virtudes, situado em pleno vale do rio Frio, é uma das poucas zonas verdes integradas no Centro Histórico do Porto.
Durante o séc. XIX esta velha quinta nobre foi transformada em horto. Através da acção de José Marques Loureiro, precursor da floricultura e horticultura portuenses, o Horto das Virtudes desempenhou um importante papel na divulgação de novas espécies botânicas e técnicas de jardinagem.

O vale do rio Frio

Percurso:

As Virtudes e o passeio público da burguesia portuense.
Da quinta dos Pinto Meireles ao actual horto municipal. O vale do rio Frio e a entrada no bairro ribeirinho de Miragaia. Monte de Judeus, labirinto de ruelas e escadas que recordam a velha judiaria.

Ponto de encontro:
Passeio das Virtudes.
Sábado, 26 de Julho, 10h30 ou 15h.

Inscrições:
968201344 ou dbbafonso@gmail.com

Percurso de sábado, 28 de Junho

A muralha Fernandina (trecho dos Guindais):
Erguida no séc. XIV e concluída durante o reinado de D. Fernando.
Os seus muros e torres circundavam o velho burgo medieval.
O trecho dos Guindais ligava a porta do Sol à zona ribeirinha e aos postigos de entrada das mercadorias.

O Teatro S. João

Na noite daquele dia acendia-se no Porto, pela primeira vez, uma das mais refulgentes lâmpadas da civilização. Naquela noite memoranda o burgo de D. Moninho Viegas entrava em comunhão de delícias das artes com as primeiras cidades da Europa. Digamo-lo de uma vez, em respeito à ansiedade da leitura; abria-se naquela noite o primeiro teatro lírico do Porto.

Camilo Castelo Branco

Da Batalha aos Guindais

Percurso:

O Teatro São João, o grande teatro lírico da cidade.

A Confraria dos Alfaiates e a Capela de N. Senhora de Agosto.

A Muralha Fernandina, da Porta do Sol ao trecho dos Guindais.

Santa Clara, um dos ex-libris do barroco portuense.

Ponto de encontro: Teatro Nacional S. João

Sábado, 28 de Junho (10h30 ou 15h)

Inscrições: 968201344/938486540

dbbafonso@gmail.com

Cima de Vila

Aqui está a rua de Cima de Vila, tortuosa e estreita como todas as ruas das povoações da Idade Média, sobretudo aquelas que desembocavam nas portas das terras afortalezadas. O antigo sitema de defesa assim o exigia. A rua de Cima de Vila atesta pelo aspecto a sua antiguidade. Para trás dela fica a velha cidade dos bispos e vilões, mais tarde infanções da afidalgada beetria do Porto.

Arnaldo Gama, Um motim há cem anos

Percurso de sábado, 31 de Maio

A visita em grupo à rua de Cimo de Vila passando pelo antigo Paço da Marquesa.
Cimo de vila é um exemplo de multiculturalismo, onde tabernas, estabelecimentos comerciais, bares de alterne e pensões baratas convivem com a progressiva chegada de pessoas de diferentes comunidades.

A rua de Cimo de Vila

Percurso:
A Igreja de Santo Ildefonso, velha paróquia dos arrabaldes do burgo.
A praça da Batalha e o advento do cinema na cidade.
Cima de Vila, a antiga porta de entrada no burgo medieval e actual exemplo do convívio multicultural na cidade.
A longa e plana rua Chã das Eiras.

Ponto de encontro: Igreja de S. Ildefonso
Sábado, 31 de Maio (10h30 ou 15h)

Inscrições: 968201344/938486540
dbbafonso@gmail.com

Percurso de sábado, 19 de Abril

Lamentavelmente, a chuva acabou por dificultar a realização dos percursos na rua Cimo de Vila.

Estes percursos serão repetidos no dia 31 de Maio, sábado.

A Torre dos Clérigos

Para a minha alma eu queria uma torre como esta,
assim alta,
assim de névoa acompanhando o rio.
Estou tão longe da margem que as pessoas passam
e as luzes se reflectem da água.
E, contudo a margem não pertence ao rio
nem o rio está em mim como a torre estaria
se eu a soubesse ter…
uma luz desce o rio
gente passa e não sabe
que eu quero uma torre tão alta que as aves não passem
as nuvens não passem
tão alta tão alta
que a solidão possa tornar-se humana.

Jorge de Sena, Metamorfose

Percurso de sábado, 29 de Março

A rua do Arquitecto Nicolau Nasoni conhecida, até há poucos anos, como travessa dos Clérigos

Dos Clérigos aos Caldeireiros

Percurso:
A Irmandade dos Clérigos e o edifício que renovou a imagem da cidade setecentista.
A rua de Trás da Muralha Fernandina.
O arruamento dos Ferreiros e Caldeireiros do burgo medieval.
A capela da Confraria de Nossa Senhora da Silva.

Ponto de encontro: Torre dos Clérigos
Sábado, 29 de Março (10:30 ou 15h)

Inscrições: 968201344
dbbafonso@gmail.com

A rua de Belomonte

A rua do Belomonte, situada no sopé do morro da Vitória, foi, em tempos, um local de contemplação sobre o rio Douro.
Nela encontramos alguns palacetes, pertencentes às familias aristocráticas da cidade da época moderna. O casa Pacheco Pereira é disso exemplo. Actualmente funciona neste edifício um pólo da Escola Superior Artística do Porto.

Percurso de sábado, 16 de Fevereiro

Escadas do Caminho Novo que correm paralelas ao trecho Ocidental da muralha fernandina.

A antiga paróquia de S. João de Belomonte

Percurso:

A rua de Belomonte, os seus palacetes e as suas instituições.

O antigo convento dos Agostinhos situado no largo de São João Novo.

A rua Tomás Gonzaga, no caminho para Miragaia.

O trecho Ocidental da muralha Fernandina, o Caminho Novo e a Porta Nova.

Ponto de encontro: Largo de S. Domingos

Sábado, 16 de Fevereiro, 10h30 ou 15h.

Inscrições: 968201344/938486540

dbbafonso@gmail.com

Uma tarde soalheira de Janeiro

Numa tarde soalheira de Janeiro, o apoio e a fotografia de um amigo.

Obrigado Alexandre!

A velha Cordoaria de Miragaia

O nosso percurso terminou nas proximidades da Cordoaria Velha, situada nos arrabaldes do velho burgo medieval, a caminho da desaparecida praia de Miragaia, onde hoje se encontra o edificio da Alfândega.

Palacete nas Virtudes

O edifício da rua das Virtudes nº 11 foi, durante o séc. XVIII, uma casa de repouso da Congregação de S. Bernardo, tornando-se, no início do séc. XX, o local de encontro da comunidade britânica no Porto (Oporto British Club).
Actualmente, o Serviço de Assistência das Organizações de Maria funciona neste belo palacete setecentista, assente sobre a velha muralha fernandina.

A Cadeia da Relação

A rua que desce até ao rio é envenenada pela esquina como a quilha dum barco imenso naufragado – a esquina da Cadeia da Relação… Ergue-se, com os seus janelões gradeados, à altura de ciclopes, e por trás deles penteiam-se os presos. Ouvimo-los rir e chamar os amigos, quando passamos no jardim em frente…Esta Cadeia Civil, onde Camilo cumpriu pena e escreveu algumas páginas que honram o nome dele e o nosso, tem não sei quê de monumento desavindo com os tempos, porque a prisão ali assombra mais do que comove.

Agustina Bessa Luís

Percurso de sábado, 19 de Janeiro

As cordoarias da cidade

Percurso:
A Cordoaria Nova situada no antigo Campo do Olival.
Visita à Cadeia da Relação e actual Centro Português de Fotografia.
A origem primitiva da rua das Taipas.
O Antigo Clube Inglês situado sobre a muralha fernandina.
A velha Cordoaria medieval de Miragaia.

Ponto de encontro: Cadeia da Relação (CPF)
Sábado, 19 de Janeiro às 15h

Inscrições pelo telefone 968201344 ou dbbafonso@gmail.com

Descobrir o Porto: uma rua, várias estórias

Descobrir a cidade, sentir o pulsar das suas praças e ruas, indo ao encontro da sua origem toponímica, da sua história e do seu património artístico.

Conhecer a cidade e o seu forte carácter, visitando alguns dos seus sítios mais notáveis e emblemáticos.

O lado positivo do Porto, o contacto com as pessoas que vivem e trabalham na sua zona histórica: as oficinas, o comércio tradicional, as instituições, o associativismo.